As mulheres estão cada vez mais presentes nos espaços que antes apenas os homens podiam ocupar, como no setor da construção civil, por exemplo, que está cada vez mais se atualizando, incentivando e aceitando cada vez mais mulheres para integrar o mercado.
Claro que para chegarmos no cenário atual houve muita luta e resistência e por isso nós trouxemos alguns nomes muito importantes que fizeram história na construção civil, confira:
Emily Warren Roebling
Você provavelmente já deve ter visto ou escutado falar sobre a famosa ponte de Brooklyn, localizada nos EUA, não é? Para refrescar sua memória:
Mas o que essa ponte tem a ver com a Emily Warren Roebling? Mais do que você imagina!
O seu marido Washington Roebling foi o engenheiro-chefe do projeto, mas acabou adoecendo e não conseguiu dar continuidade aos trabalhos da construção. Emily então assumiu o controle e supervisionou todo o trabalho e os operários. Além disso, lidou com políticos e engenheiros envolvidos na obra. Seu papel foi importantíssimo para que tudo saísse como planejado, utilizando seus conhecimentos em engenharia e discursando com propriedade. Emily se destaca por ser a primeira mulher a ser bem recebida pela sociedade em um cargo daqueles. Lembrando que a ponte foi construída em 1869.
Nora Stanton
Antigamente era difícil uma mulher ser aceita em posições e trabalhos que não fossem domésticos ou designados a mulheres, que lutavam muito para conseguirem fazer o que realmente gostam. Nora viveu entre os anos de 1883 a 1971 e foi a Primeira mulher aceita como membro da Sociedade Americana de Engenheiros Civis.
Além disso, Nora foi neta de Elizabeth Cady Stanton, líder do movimento pelos direitos das mulheres e uma das primeiras mulheres nos Estados Unidos a se formar em engenharia.
Patricia Galloway
Ocupar trabalhos considerados masculinos já foi um processo longo e difícil. Agora, já pensou ocupar cargos altos como presidente, diretor e gerente? Nunca!
Mas Patricia Galloway mudou esse cenário no mundo da Engenharia Civil, sendo a primeira mulher presidente da Sociedade Americana de Engenheiros Civis. Além disso, foi escolhida pelo presidente da época, George W. Bush, para estar entre os membros do US National Science Bord.
Edwiges Maria Becker Hom’meil
As mulheres fizeram história em todo o mundo, buscando torná-lo mais justo e lutando pelos seus direitos. Essa causa também chegou ao Brasil, onde Edwiges Maria Becker Hom’meil tornou-se a primeira engenheira formada no país, tendo cursado a Escola Politécnica da UFRJ. Essa conquista foi dela e de várias outras mulheres que viram ali uma oportunidade para seguir a profissão.
Enedina Alves Marques
Ainda no Brasil, outra mega conquista aconteceu em na década de 40. Enedina Alves Marques foi a primeira mulher do Paraná a se tornar engenheira, formada pela UFPR e a primeira mulher negra a ser engenheira no país. Tem seu trabalho em obras como a Usina Capivari-Cachoeira e o Colégio Estadual do Paraná. Costuma andar com uma arma na cintura.
Evelyna Bloem Souto
Em uma época onde as mulheres ainda eram mal vistas fora dos trabalhos domésticos no Brasil, Evelyna Bloem Souto foi a primeira aluna mulher do curso de engenharia civil da USP São Carlos. Porém, seu maior desafio nem foi no país onde se formou, mas sim na França, onde ela e milhares de alunos homens ganharam uma bolsa para estudar em Paris e visitar um túnel que estava sendo construído. Foi no dia de conhecer o túnel francês que Evelyna percebeu que mulheres teriam que lutar muito ainda para conseguir seus direitos. A jovem estudante de engenharia teve que se vestir de homem e colocar um bigode falso para poder entrar na construção, visto que a entrada de mulheres não era permitido.
Maria do Amparo Xavier
Assim como as causas em prol dos direitos das mulheres, a trajetória de Maria do Amparo Xavier no mundo construção civil também foi gradativa e lenta. Maria passou por todos os cargos, começando varrendo os canteiros de obras e depois como servente, carpinteira, pedreira, armadora e por fim a primeira mulher mestre de obras da Bahia.
Esses são alguns nomes que lutaram e resistiram contra o preconceito e patriarcado e hoje o setor de Construção Civil deve, e muito, para essas mulheres fortes que fizeram história e mudaram o mundo.