Os sistemas preventivos são obrigatórios em todas as obras, para garantir a todos a segurança em seu local de trabalho e residência. Ainda assim, vemos diversos casos de descuido com as medidas de segurança, estruturais e de manutenção, levando a tragédias que poderiam ser evitadas.
Prevenir ruína ou colapso na estrutura, em situação de incêndio, é tão importante quanto saber agir no momento em que ocorrem chamas. O sistema contra incêndios consiste em um conjunto de meios ativos (extintores, redes de hidrantes, detectores de fumaça, brigadas contra incêndios, etc.), instalações de sinalização e facilitadores para a fuga – que tem objetivo a segurança à vida e redução das perdas estruturais.
Tempo requerido de resistência ao fogo
A norma técnica brasileira NBR, decreta obrigatório saídas de emergências para estruturas medianas e altas que possuem de 4 a 6 pavimentos. Quanto mais alto o edifício, mais difícil é a saída de todos que estão no seu interior.
Antes de construir, o projetista deve estimar o tempo de abandono do local, considerando tamanho da estrutura e sua capacidade de público, para que durante incêndios, as ações de controle sejam mais ágeis e efetivas, evitando o máximo de perdas possíveis.
O tempo requerido de resistência ao fogo para edifícios com mais de 20 andares é de 120 minutos. – cálculo da TRRF.
No Brasil, depois de casos trágicos como o incêndio da boate Kiss, os cuidados passaram a ser dobrados. Os sistemas são periodicamente aperfeiçoados em diversas áreas da construção civil, envolvendo desde o projeto arquitetônico, até instalações hidráulicas e elétricas que devem ser atender às normas na execução e na utilização da obra, para evitar incêndios e proteger à vida quando ocorre o incidente.
A reação do fogo na estrutura
A ação térmica devido aos incêndios causam alteração na estrutura de concreto.
Com a continuação do incêndio haverá um instante de inflamação generalizada, conhecido como “flashover”, onde toda a carga combustível presente no ambiente entra em ignição. A partir deste momento ocorre uma rápida elevação da temperatura até que se atinja a temperatura máxima do incêndio. Nesta fase, os meios de proteção passiva são essenciais para assegurar a efetividade das ações de resgate e combate ao incêndio, para garantir o confinamento do incêndio e para evitar o colapso da estrutura devido à perda de resistência dos elementos estruturais.
Como a determinação da curva real de incêndio depende das características específicas do local a ser analisado, as normas técnicas permitem que seja empregada uma curva de aquecimento denominada como modelo de incêndio-padrão. Essa curva possui apenas um ramo ascendente, de modo a não necessitar de características da carga de incêndio ou do ambiente, relacionando a temperatura dos gases com o tempo.
O valor mínimo para a condutividade térmica do concreto, simplificadamente, pode ser considerada constante e igual a 1,3 W/m °C (ABNT, 2012).
De acordo com (COSTA, 2008), há transformações físico químicas do concreto endurecido em faixas de temperatura. De 150°C até 400°C poderão ocorrer lascamentos explosivos. Próximo de 400°C ocorre também a dissociação do hidróxido de cálcio e quando esta temperatura atinge o aço poderá ocorrer a despassivação da armadura. De 700°C até 1.400°C o concreto perde sua função estrutural.
Estas temperaturas irão impor os efeitos físicos nos pontos atingidos. Dentro de uma espessura do elemento estrutural há um grau térmico que obedece uma série de efeitos de condutividade térmica.
O cobrimento da armadura como inibidor da propagação do fogo
Para uma análise da estrutura em situação de incêndio, as propriedades mecânicas mais importantes são as resistências à compressão e à tração, o módulo de elasticidade e a relação tensão-deformação dos materiais.
Para a determinação destas propriedades em altas temperaturas são realizados ensaios em regimes de aquecimento constante (steady state tests) ou transiente (transient state tests ou non-steady tests).
A resistência à tração do aço diminui com o aumento da temperatura sendo que o CA50 resista 78% de sua capacidade total e o CA60 resista 67% de sua capacidade total quando alcançado 500°C. Chegando em 800°C ambos os tipos de aço, em armadura passiva, entram em patamar de escoamento no gráfico de tensão x deformação, oferecendo apenas 11% de capacidade de carga tendo como referência as condições NTP.
O cobrimento da armadura é fundamental para assegurar que a estrutura suporte um incêndio até que se consiga salvar as vidas e tenha atuação plena do Corpo de Bombeiros, pois influencia decisivamente na proteção do aço em situações de incêndio. Quando de baixa espessura ou feito em plástico, o cobrimento pode não proteger a estrutura por tempo suficiente e até acarretar colapso em pleno infortúnio.
Para alcançar o cobrimento adequado para cada estrutura, o uso de espaçadores de concreto são uma ótima opção, ele contém medidas que protegem a armadura da ação dos agentes corrosivos e possuem uma maior resistência ao fogo.
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