Parte imprescindível na fase inicial de qualquer obra, a orçamentação pode sofrer com diversos equívocos por normalmente ser um procedimento manual.
Muitos desses equívocos ocorrem na etapa de levantamento de quantitativos, um erro no levantamento pode ser muito prejudicial na avaliação do custo final de um empreendimento, afetando o processo de construção. No caso de licitações e contratos da administração pública, a lei 8.666, estabelece que os quantitativos para a obra, deverão ser fornecidos pelo contratante, para promover a absoluta igualdade de condições entre os participantes da concorrência em questão. Incluindo também a determinação de quais e quantos equipamentos, máquinas, operários e custos indiretos da obra também fazem parte desta importante documentação.
Esse levantamento é feito logo nas fases iniciais do projeto, e pode ser mais preciso com o auxílio de sistemas informatizados como CAD e BIM.
Como já tratamos aqui no blog, a BIM (Building Information Modeling), tem grande potencial de otimização para diversas atividades relacionadas à construção. A modelagem de informações na construção permite que o edifício seja “construído” virtualmente, antes de sua execução propriamente dita, possibilitando, assim, a realização de diversas análises e simulações, permitindo que o levantamento seja feito de maneira mais assertiva, evitando desperdícios e desembolsos desnecessários.
Muitos levantamentos estão embasados nos ensaios de solo, condições do entorno, restrições ambientais ou normas municipais e elementos sem dados palpáveis e confiáveis, como trânsito, chuvas, ventos. Por este motivo é de fundamental importância o entendimento de que os valores levantados são aproximados como também seus tempos de execução. Para que discrepâncias sejam evitadas, há a necessidade de amplo e seguro conhecimento do engenheiro de custos, que através de seu tato compute estes elementos inerentes ao projeto e que sejam devidamente anotados e relembrados no momento da execução, para que as decisões estratégicas tomadas na orçamentação sejam aplicadas.
Consumo de cada material
Há estimativas que permitem saber aproximadamente qual será o consumo de cada material. Mas atenção, esses valores são baseados no consumo de obras genéricas, servindo apenas como referência inicial, e não devem ser sua única referência na hora realizar os pedidos.
Siga sempre as orientações expressas de seus projetistas, arquitetos e caso seja necessário chame equipe técnica do fornecedor. É com base nas dimensões e estrutura da edificação no projeto e conferências na obra, que você vai calcular todas as quantidades de materiais de construção a serem comprados, da fundação ao acabamento.
A área é uma das principais variáveis para calcular a quantidade de material, mas além disso, é preciso garantir uma margem adicional para manter o planejamento, mesmo com eventuais perdas.
A margem de segurança adotada normalmente é de 10% além do que seria efetivamente necessário. Esse índice é válido para itens como blocos de alvenaria, revestimentos e argamassas. Verifique também as orientações de cada fabricante para determinar a margem de segurança adequada. Com as novas tecnologias de imagem, software, trena laser, nível laser, etc, tem-se a possibilidade de minimizar estes cálculos de segurança para percentuais próximos de zero.
É importante anotar que as empresas estão com suas equipes de orçamento distantes das de execução. Perguntar para quem orçou o que foi considerado e como foi analisado a execução de cada serviço, traz a empresa mais para o século XXI. Geralmente o comprador analisa preço de produto por unidade, quando faz cotação dos diversos fornecedores e materiais disponíveis, mas seria mais produtivo compreender a tecnologia, materiais correlatos, equipamentos, experiências dos colaboradores nas obras, para melhorar de maneira considerável o valor do empreendimento.
Recomendações JACP
A quantidade recomendada para o uso da PAC Prisma depende da tela utilizada. Para telas Q 159 para baixo, a quantidade recomendada é de 4 pçs/m², e para telas acima de Q196 pode ser usado 3 pçs/m².
Já para o PAC Espaçador, a escolha mais segura para sua construção, a quantidade a ser usado varia conforme a estrutura que será concretada. Para pilar recomendamos o uso de 4 pçs/m. Para viga, a recomendação é utilizar 3 pçs/m e em lajes o ideal é utilizar 3pçs/m². Em média usa-se 6 pçs/m² em projeção.
Ainda está na dúvida? Faça a escolha certa para sua obra e realize sua cotação!